13 sensações sobre 13 Reasons Why

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13 Reasons Why é uma série americana, produzida pela Netflix que está causando uma enorme polêmica por falar de suicídio de uma maneira forte e nunca vista antes. Por conta disso, quis assistir para tirar minhas próprias conclusões e a série me provocou tantas sensações que resolvi escrever esse artigo.

Hanna Baker

Ainda tenho dificuldades para classificar a série como boa ou ruim, apenas sei que tem coisas nela que me agradam e me incomodam profundamente. Mas não quero fazer um crítica sobre 13 Reasons Why, gostaria de falar a respeito das sensações que ela me provocou e provavelmente em muitas pessoas também.

13 Reasons Why – 1 – Eu já vi isso antes

No primeiro episódio da série, somos apresentados à Hanna Baker, uma garota do ensino médio, que comete suicídio e deixa 7 fitas cassete gravadas, com os 13 motivos que a levaram a cometer tal ato. Não, isso não é um spoiler, já que o fato é exposto desde o início.

É muito fácil ter a sensação de já ter visto essa história antes. Quem passou pelo ensino médio já se deparou com algumas situações que são colocadas por 13 Reasons Why, que traduzindo para o português seria algo como, 13 motivos pelos quais.

Sobreviver ao ensino médio é algo que pode ser doloroso para todos os perfis de adolescentes. É a fase do querer fazer parte. É quando também fazemos muitas coisas tolas em busca disso também. Muitas vezes acabamos tomando decisões e atitudes equivocadas que nos ferem e ferem aos outros. Mas como tudo na vida, faz parte do aprendizado para a próxima etapa.

Talvez seja, a fase na qual mais temos que lutar com a nossa sombra. Algo que pode vir à tona com frequência, é quando surgem os valentões, os mentirosos, as falsas reputações e principalmente o bullying se fortalece.

Todos nós vamos enxergar ali, uma situação pela qual já passou ou viu alguém passar. Quem sabe até não foi o responsável por criar tais situações?

2 –  É muito fácil se identificar com a Hanna Baker

Assim como a Hanna, eu também fui vítima de falsos boatos, claro, numa proporção menor e a forma como lidei também foi diferente, já que não tinha muitas dificuldades de me expressar e fazer amigos. O que também acabava me tornando alvo de boatos.

Muitas vezes acabei me pegando tendo alguns sentimentos e até me lembrando de vários acontecimentos que já estavam adormecidos em minha memória. O que considerei extremamente perigoso, pois batia aquela “bad” e acordava minha raiva de algumas pessoas.

Percebi que ao assistir  a série deve-se ter critério, cuidado e tentar se separar da personagem principal, o passado precisa ficar onde ele está.

O que eu fiz foi me distanciar da Hanna e entender que o contexto apresentado ali, pode até ser semelhante, mas não o mesmo. Todos nós temos a oportunidade de sair dali vivos e principalmente todos temos o poder de transformar o contexto em que vivemos.

3 – Eu também já fui o agressor

Cada um dos personagens citados como as razões de Hanna ou agressores, podem fazer alusão a nós mesmos.

Podemos ver que o agressor não é só o valentão ou o popular, muitas vezes os que mais são agredidos se tornam agressores.

Acabei enxergando o momento em que eu fui a agressora, por exemplo, eu colei goma de mascar no cabelo de uma menina no colégio que nunca nem me havia feito mal, implicava com uma menina que eu chamava de dentuça, sem razões muito relevantes. Uma covardia, espero que essas pessoas tenham me superado, assim como eu superei as que me agrediram.

Tenho certeza que elas também foram agressoras em algum momento. Ou seja, não existem culpados. Todos erram ou errarão algum dia.

Não é algo fácil de admitir, mas a gente se acostuma a se lembrar mais de quando apanhou do que quando bateu.

Não somos sempre a vítima.

4 – Toda pessoa que agride é uma pessoa que sofre

Todos os algozes de Hanna, muitas vezes são pessoas que de alguma forma sofrem.

Apesar da série 13 Reasons Why passar num contexto adolescente, essa reflexão vale para qualquer um. Geralmente quando estamos feridos acabamos ferindo outras pessoas.

Pense naquele dia que deu tudo errado na sua vida, em quem você descontou? No caixa da padaria? No porteiro do seu prédio? No seu filho?

A probabilidade de ferirmos alguém quando estamos com raiva, tristes ou nos sentindo injustiçados é muito maior. Na maioria das vezes tudo começa em casa, com a nossa família, na maneira como nos relacionamos com ela.

O relacionamento familiar faz muita diferença, eles podem ser a tormenta e a salvação de alguém. A série retrata como o relacionamento familiar de alguns adolescentes refletem diretamente no que eles se tornam e em como se comportam.

É importante trazer o amor desde sempre para suas conversas, relações e olhares. Devemos ter algo que pouco se mostra em agressores, a empatia.

5 – Não sabemos o impacto das nossas ações nas pessoas

13 Reasons Why mostra como as atitudes de 13 pessoas, influenciaram nos sentimentos de Hanna e a levaram ao suícidio.

Mesmo não sabendo o impacto que causariam, cada indivíduo fez algo consciente ou inconscientemente. A vida é assim, o tempo todo existem pessoas ferindo umas às outras.

Todos os dias tomamos decisões e agimos sem saber o que vamos causar na vida de quem está ao nosso redor. Por isso, devemos pensar bastante antes de agir, principalmente quando seja lá o que fizermos, afetar alguém.

Muitas vezes não fazemos coisas ruins de propósito, mas isso não nos impede de evitar agir de modo que prejudique alguém. Temos que ter discernimento para entender quando faremos algo que poderá ser nocivo ao outro.

6 – Precisamos conversar mais

Alguns dos jovens na série tem uma dificuldade absurda para se expressarem, isso faz com que muitas vezes sejam mal compreendidos.

O que fazer para que possamos nos expressar melhor? Como dar vazão a sentimentos? Como nos libertar de nós mesmos?

Não falar dos nossos sentimentos pode nos fazer perder muita coisa, oportunidades, amores, experiências…

Precisamos falar mais, dizer tudo que precisa ser dito, ou poderemos nos arrepender  por ter perdido o momento certo de viver um grande amor, por exemplo.

Se tem muita dificuldade de se expressar é interessante procurar ajuda profissional, uma terapia, pode ajudar.

7 – A novas tecnologias devem ser usadas com sabedoria

Se você assistiu à série, percebeu que as novas mídias tiveram uma papel importante na construção de boatos contra a personagem principal.

Num passado recente uma informação demorava muito mais a se espalhar do que nos dias de hoje. A internet, os smartphones e as redes sociais podem espalhar qualquer informação, seja ela verdadeira ou falsa em poucos minutos.

É preciso sabedoria e controlar o impulso de compartilhar certas informações. Leia, verifique, busque fontes de confiança e se for prejudicar a reputação de alguém, simplesmente ignore. Por favor!

Lembre-se de que uma mentira repetida muitas vezes acaba virando verdade. O que pode virar o caos na vida de alguém.

8 – Pare para prestar atenção no outro

Às vezes estamos tão imersos na nossa própria vida e problemas que não olhamos para o lado. Não percebemos que existe alguém bem debaixo do nosso nariz que precisa de ajuda.

Podemos ver isso nas famílias, os pais tem tantos problemas para resolver, trabalho para fazer que a acabam não percebendo o que acontece aos seus filhos.

Promova momentos de integração e conversa para não deixar passar algo que pode vir à tona mais tarde.

9 – Não podemos minimizar o problema de ninguém

Temos a  mania de achar que o nosso problema é o maior do mundo e o do outro não é tão importante. Egoísmo? Pode ser, mas às vezes é a apenas a dificuldade de ter empatia.

Empatia gera empatia. Aprender a se colocar no lugar do outro pode salvar uma vida.

Se vez ou outra pararmos de olhar apenas para o nosso umbigo, vamos perceber o quanto podemos ser úteis na vida das pessoas e reduzir o sofrimento delas.

Ao ajudar alguém podemos ajudar a nós mesmos. Se perceber que alguém precisa de ajuda não exite em prestar algum auxílio. Não se cale diante  da injustiça.

Abrace. Às vezes tudo que alguém precisa é um abraço e diga que vai ficar tudo bem.

Escute. Quando escutamos o problema de uma pessoa abrimos o coração para ela e a confortamos.

Toda dor deve ser respeitada e levada em conta. Afinal, como dito anteriormente, cada um sente as coisas de uma forma.

10 –  Aparências enganam

O maior vilão da série é alguém que muitas vezes aparece como o garoto exemplar, de boa família, posses, títulos, mas na verdade é uma espécie de psicopata. Ele corrompe, abusa (moral e sexualmente), traumatiza  as pessoas e acha que seu dinheiro compra tudo.

Indivíduos que pareçam acima de qualquer suspeita podem nos surpreender e o poder que eles carregam não pode ser maior do que o nosso senso de justiça.

Ninguém, absolutamente ninguém está acima do bem e do mal.

Não exite em denunciar se for vítima de um ser humano desses. Não tenha medo, sempre haverá alguém com que se possa contar.

11 – Devemos parar de nos culpar

Hanna Baker acredita que muitas das coisas que aconteceram com ela, foram causadas por ela mesma. Isso não é verdade.

Coisas ruins aconteceram por contas das circunstâncias e decisões que acabaram sendo equivocadas, mas a verdade é que cada decisão tomada por ela, foi pensando no que poderia resultar de bom em sua vida. Ninguém tem uma bola de cristal.

Viver é um risco! Todo dia acordamos e vivemos uma nova aventura.

Ela não tem culpa. Assim como você não tem!

Se perdoe! Você não sabe de tudo! Está aprendendo e aprender nem sempre é fácil.

Existem provas e lições que são mais difíceis que as outras, mas você sempre sai mais forte delas.

Por favor, não se culpe. As feridas que causaram em você não foram causadas por você. Tenha consciência disso.

12 – Deixe o passado onde está

Faças as pazes com seu passado.

A série a todo momento mistura passado e presente. Vai transitando nesses dois ambientes para nos contextualizar sobre o que aconteceu à Hanna Baker.

Mas ele se faz presente em todos os personagens, em seus arrependimentos, dores, traumas e principalmente bloqueando o caminho para o futuro.

Excesso de passado causa depressão. Por isso é importante se despedir dele.

Saiba que tudo o que passou te deixou mais sábio, mais forte, mais preparado para seguir em frente.

O que passou, passou. Deixe lá!

Falar é fácil, não é? Mas saiba que o melhor presente da vida é o presente que você tem o poder para transformar! E todo amanhã é novo, uma página em branco para desenhar coisas lindas.

13 – Deixar de viver não é a solução

Para alguns, 13 Reasons Why romantizou o suicídio, para outros tratou de forma muito realista que mostra como não é legal fazer isso.

Para mim foi difícil assistir, eu confesso que pulei  essa parte, porque não queria ver a cena de morte da Hanna.

A personagem principal acabou tomando essa decisão,  por ter chegado ao limite do sofrimento. Achava que não faria falta a ninguém. E que não teria credibilidade ao relatar seus problemas.

Isso não é verdade!

Ela só precisava ser escutada.

Se estiver se sentindo como a Hanna, saiba que você importa! É muito mais importante do que imagina. Você tem uma luz que precisa despertar. Muitos sentirão sua falta!

A vida pode ser muito boa! Pode acreditar! Desistir não é uma opção. O mundo está pronto para receber tudo de bom que você tem para dar!

Se viver está muito difícil, busque ajuda especializada. O CVV, Centro de Valorização à Vida está pronto para ajudar 24 horas por dia, basta discar 141 e alguém vai te ouvir e apoiar, sem julgamentos.

E você teve quais sensações? Deixe nos comentários! Se gostou do artigo compartilhe em suas redes sociais!

Vamos em frente!

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